Rio de Janeiro & Trieste

 MISCELLANEUS / MISCELÂNIA

– Jornal do Comércio – 8/3/1889, Rio de Janeiro, Brazil.

News about health and hygienic conditions of the Immigrant Hostelry of Pinheiros in Rio. This news is relevant to Domenica Tinos (or Finos) who died of pernicious fever (malaria or yellow fever) in 28 February 1889 after arriving with 12 years old David Tinos ( or Finos) at Vapor S. Martino on 6 February 1889. Their destination was São Paulo. David had to stayed at Gamboa Orphanage in Rio.

Notícia sobre as condições de higiene e saúde da Hospedaria dos imigrantes em Pinheiros no Rio. Notícia relevante a  Domenica Tinos (or Finos ), que morreu de febre perniciosa ( malária ou febre amarela) no dia 28 de fevereiro de 1889 após sua chegada com David Tinos ( ou Finos) de 12 anos de idade no Vapor S. Martino em 6 de fevereiro de 1889. Tinham como destino a cidade de São Paulo. David teve que ficar no Orfanato da Gamboa no Rio. 

 

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Transcription / Transcrição – (Jornal do Comércio – 8/3/1889)

Hospedaria de Pinheiros – Á inspectoria geral das terras publicas e colonisação recommendou o ministerio da agricultura o maior escrupulo na remessa de immigrantes para a hospedaria de Pinheiros, devendo a mesma isnpectoria fazer sujeita-los a prévio exame medico, afim de que, com individuos sãos, não sejão para alli enviados outros accomettidos de mal contagioso.

Mandou-se outrosim que o lazareto de variolosos, alli estabelecidos, seja removido para outra casa e localidade onde melhor possão ser observadas as prescripções hygienicas.

Translation – (Jornal do Comércio – 8/3/1889)

Immigrant Lodge at  Pinheiros ( Rio de Janeiro)

The general inspectorate of public lands and colonization recommended to the Ministry of Agriculture the greatest scruple in the remittance of immigrants to the Hostelry at Pinheiros, saying that this inspectorate should subject the immigrants to prior medical examination, in order to avoid send individuos with contagious illness to infect the health ones.

It was also ordered that the Smallpox Treatment Unit, there established, to be removed to another house and locality where the hygienic prescriptions can best be observed.

  • Il Piccolo – 13/10/1895 – Trieste – ex Austria , now Italy. 

Newspaper article criticising the flux of Immigration from Cervignano del Friuli to Brazil, suggesting the the immigrants should go to Istria instead (Croatia, Slovenia, Italy).

Artigo de jornal criticando o fluxo de imigração de Cervignando del Friuli para o Brasil, sugerindo que os imigrantes deveriam ir ao invés para a Istria ( Croacia, Eslovênia e Itália). 

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Transcription / Transcrição – (Il Piccolo – 13/10/1895)

Perchè non si immigra in Istria?

Abbiano letto giorni fa che nel distretto di Cervignano parecchie famiglie si apprestano ad emigrare in America. Iori, in un giornale di Udine, abbiamo letto che da Vilesse altre quattro o cinque famiglie sono partite per il Brasile. 

In questa guisa l’aumento naturale della popolazione del Friuli orientale, che non è stato mai soverchio, va in gran pparte perduto. Avviene che in alguni paesi, messe insieme, la emigrazione o la mortalità, rendono illusorio o nullo l’aumento derivante dalla generosa prolificazione dei buoni friulani. É noto como procedono gli agenti di emigrazione: promettono lavoro lucrosissimo quando si tratta di poveri diavoli, buon impiego dei loro quattrini, quando vi sono piccoli possidenti, i quali coi loro campiritraggono nella migliore delle ipotesi um meschinissimo due per cento. Avviene che tanto i poveri diavoli, desiderosi di cambiare posizione, quanto il piccoli possidenti, speranzosi di raddoppiare la loro sostanza, abboccano molto facilmente all amo, e si abbandonano all’ignoto. Noi non vogliamo ripetere qui quanto da tutti i giornali ormai si è detto e ripetuto contro questa malattia dell’emigrazione che affligge di tratto in tratto i contadini delle Basse friulane. Un solo provedimento potrebbe essere efficace: proibire l’emigrazione; ma poichè una proibizione di simil genere sarebbe illegale e sopratutto odiosa, non saremo certamente noi che ce ne faremo propugnatori.

Si potrebbe però rendere quel male minore, cercando di dirigere quell’emigrazione verso altre province che hanno bisogno di lavoratori sobri, attivi, tranquilli, come sono appunto i friulani delle nostre Basse. L’Istria a mo’ d’esempio, si trova in questa condizione, di avere una estensione considerevole di territorio incolto per mancanza di braccia; mentre d’altro canto la maggior parte dei proprietari di terre coltivate si lamenta degli agricoltori che tiene ai suoi servizi, perchè o cattivi lavoratori, o accattabrighe, ubriaconi e peggio. 

È un fatto che quei proprietari i quali esperimentatono contadini friulani, se ne dichiararono contentissimi.

Perchè non si potrebbe tentare un movimento di immigrazione in Istria, servendosi dell’emigrazione delle Basse friulane?

Tradução – (Il Piccolo – 13/10/1895)

Por que não a imigração para Istria?

Eu li dias atrás que no distrito de Cervignano muitas famílias estão se preparando para emigrar para a América. Hoje, em um jornal de Udine, lemos que da Vilesse quatro ou cinco famílias partiram para o Brasil.

Deste modo, o aumento natural da população do Friuli Oriental, que nunca foi excessiva, é em grande parte perdida. Acontece que em algumas localidades, por causa da emigração ou da mortalidade, se faz ilusório ou nulo o aumento derivado da generosa proliferação de bons Friulanos. É conhecido como procedem os agentes de migração: prometem trabalho lucrativíssimo quando se trata dos pobres diabos, bom uso de seu dinheiro, quando são pequenos proprietários, que com seu terreninho empate na melhor das hipóteses um mesquíssimo dois por cento. Acontece que tanto os pobres diabos, ansioso para mudar de posição, quanto os pequenos proprietários, na esperança de dobrar a sua subsistência, abocanham muito facilmente a proposta, e abandonam-se ao desconhecido. Nós não queremos repetir aqui o que em todos os jornais já foi dito e repetido contra esta doença da emigração que aflige de tempo em tempo os agricultores da Baixa Friulana. Um único procedimento poderia ser eficaz: proibir a emigração; mas como uma proibição desse tipo seria ilegal e, especialmente odiosa, não seremos certamente nós os proponentes.

Poderia, ao menos fazer dos males o menor, tentando direcionar essa imigração para outras províncias que precisam de trabalhadores sóbrios, ativos, calmos, como são precisamente os da nossa região da Baixa Friulana. A Istria por exemplo, está nesta condição, para ter uma extensão considerável de terras não cultivadas por falta de braços; enquanto, por outro lado, a maioria dos proprietários de terras cultivadas queixam-se dos agricultores que tem ao seus serviços, por serem ou maus trabalhadores, ou briguentos, beberões ou coisa pior.

É um facto que os proprietários que experimentaram camponeses friulanos, declararam-se muito felizes.

Por que não se poderia tentar um movimento de imigração para Istria, servindo-se dos emigrantes da Baixa Friulana?

Translation – (Il Piccolo – 13/10/1895)

Why not immigration to Istria?

I read days ago that in the district of Cervignano many families are preparing to emigrate to America. Today, in a newspaper in Udine, we read that from Vilesse four or five families left to Brazil.

In this way, the natural increase of the population of the Eastern Friuli, which has never been excessive, is largely lost. It turns out that in some places, because of emigration or mortality, the increase derived from the generous proliferation of good Friulians becomes illusory or null. It is known how the agents of migration proceed: they promise a very profitable work  to the poor devils, good use of their money, when they are small land owners, they may get in the best hypothesis two percent for their small lands. It turns out that both the poor devils, anxious to change their position, and the small proprietors, hoping to double their subsistence, very easily agree with the proposal, and abandon themselves to the unknown. We do not want to repeat here what has already been said and repeated in every newspaper against this disease of emigration that afflicts from time to time the rural workers of the Lower Friuli. A single procedure could be effective: to prohibit emigration; but as such a prohibition would be illegal and, especially odious, we will certainly not be the proponents.

It could at least make it less worse, to try to direct this immigration to other provinces that need sober, active, calm workers, as are precisely those in our region of the Lower Friuli. Istria, for example, is in this condition, to have a considerable extent of uncultivated land for lack of arms; While, on the other hand, most owners of cultivated land complain about the rural works working for them, because they are either bad workers, or quarrels, drunkards or worse.

It is a fact that the land owners who experienced peasants from Friuli, declared themselves very happy.

Why could not an immigration movement be attempted to Istria, using emigrants from The Lower Friuli?